Brasileira de 17 anos entra para a lista da Forbes Under 30

Por Nossa Hora
Segunda-Feira, 12 de Fevereiro de 2024 às 22:43
Foto: Forbes

Aos 17 anos, Millena Xavier já recebeu prêmios nacionais e internacionais, foi convidada a participar de cursos de universidades conceituadas, como a de Toronto e Stanford, e de um comitê internacional de olimpíadas estudantis. Em março, vai palestrar para todos os funcionários da B3, e no mês seguinte voa para Nova York para participar do Prêmio Jovens Visionários, da Prudential, que também concedeu R$ 30 mil para investir em sua Ong.

Millena é cofundadora da Prep Olimpíadas, que fomenta a participação de jovens em olimpíadas científicas, e faz parte da lista Forbes Under 30 2023. Sua organização já palestrou em mais de 200 escolas e tem um braço de inteligência artificial, o Prep AI, que ensina história e matemática e responde a dúvidas dos estudantes sobre as olimpíadas. “No ChatGPT eles não encontram essas informações, porque são assuntos muito específicos”, diz a cientista, que também não encontrou apoio da escola quando começou a se interessar pelas olimpíadas.

“Eu podia ter parado por aí”, diz ela que, em vez disso, resolveu mudar de escola e de cidade. Natural de Juiz de Fora (MG), aos 15 anos passou a morar sozinha em Viçosa, a pouco mais de 150 km da casa de sua família, para estudar em um colégio federal que a apoia em atividades extracurriculares.

Em dois anos, Millena participou de 70 olimpíadas. “Em alguns finais de semana, eu fazia umas três”, lembra ela, que foi premiada 38 vezes. Coleciona dois ouros pelas olimpíadas brasileiras de tecnologia, dois na de ciências, um na de inteligência artificial e outro na de informática. No ano passado, a Prep Olimpíadas organizou a OBAFRO, primeira olimpíada brasileira de afrodiversidade, com questões de história, sociologia e literatura negras. Foram 46 escolas parceiras e 20 mil inscritos.

Millena é também a única brasileira no IROC, o Comitê Internacional da Olimpíada de Robótica, ao lado de professores seniores das melhores universidades do mundo. “Os reconhecimentos externos ajudam”, diz, em relação à insegurança de ocupar espaços que podem ser intimidadores para uma jovem mulher. “Mesmo com projetos de inclusão, as salas de estudantes de engenharia ainda são majoritariamente masculinas.”

 

 

 

 

Forbes