Bahia fica entre maiores produtores de suíno e frango

Dados sobre abate de animais, produção de ovos e de leite pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados ontem, revelaram que no 1º trimestre desde ano o abate de suínos na Bahia teve o melhor  1º trimestre da série histórica, iniciada em 1997, e o de bovinos, o maior resultado em 10 anos. 

Já em relação ao leite, a produção na Bahia cresceu  11,1% frente ao 4º trimestre de 2023 e 3,3% em relação ao 1º trimestre do ano passado: a aquisição do líquido cru no estado foi de 149,2 milhões de litros no 1º trimestre deste ano. No que diz respeito aos ovos, a produção caiu tanto frente ao 4º trimestre quanto em relação ao 1º trimestre de 2023. 

Os dados são resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária do IBGE. O levantamento aponta que a Bahia é o 10º maior produtor de suínos do país, responsável por 0,5% do abate nacional. O estado que lidera é Santa Catarina, com 29,8% do total. 

Entre janeiro e março, foram abatidos 72.962 suínos no estado, o que representou uma alta de 2,9% em relação ao mesmo período no ano anterior (70.883). Frente ao resultado do 4º trimestre de 2023 (81.161), porém, houve queda de 10,1%. 

Ainda conforme o IBGE, apesar do abate de bovinos ter caído frente ao 4º trimestre de 2023, uma redução de 6,9%, com 322.043 cabeças, o 1º  trimestre de 2024 foi o melhor desde  2014. 

A Bahia é o 11º maior produtor de carne bovina do país, com 3,5% do abate nacional. Mato Grosso continua na liderança com 18,3% de participação no 1º trimestre de 2024. 

Já no Brasil, no 1º trimestre de 2024, foram abatidas 9,302 milhões de cabeças de bovinos. O número foi recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 1997, sendo 1,6% superior ao do trimestre imediatamente anterior (9,159 milhões) e 24,6% maior do que o do 1º trimestre de 2023 (7,467 milhões). 

Frangos – Ainda segundo o IBGE, o abate de frangos na Bahia cresceu frente ao 4º trimestre, mas teve pior 1º trimestre em 5 anos. O estado fica em 9º lugar entre os estados com o maior abate de frangos do Brasil, respondendo por 2,0% do total. O Paraná lidera, com 34,6% do abate nacional. 

A pesquisa indica que entre janeiro e março de 2024, o abate de frangos no território baiano  foi de 31.106.299 animais. Uma variação positiva de 0,4% frente ao 4º trimestre de 2023 (30.985.029), mas queda de 8,3% em relação ao 1º trimestre de 2023 (33.910.438). 

Com isso, o abate de frangos na Bahia, no 1º trimestre de 2024, teve o seu menor resultado para o período em cinco anos, desde 2019, quando 28.713.908 animais haviam sido abatidos. 

Em todo o Brasil, por sua vez, foram abatidos 1,593 bilhão de animais, entre janeiro e março. O número é 4,0% superior ao do trimestre imediatamente anterior (1,531 bilhão), mas 1,2% menor do que o recorde do 1º trimestre de 2023 (1,612 bilhão). 

Bahia é o oitavo maior produtor de leite do Brasil, aponta IBGE 

A pesquisa do IBGE apontou que a Bahia é o oitavo maior produtor de leite do Brasil, respondendo, no 1º trimestre de 2024, por 2,4% do leite adquirido no país. Minas Gerais segue liderando, com 25,3%. 

A aquisição de leite cru na Bahia foi de 149,2 milhões de litros no 1º trimestre de 2024, apresentando crescimento de 11,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (134,2 milhões de litros) e de 3,3% em relação ao resultado do 1º trimestre de 2023 (144,4 milhões de litros). 

No Brasil, no 1º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,206 bilhões de litros. Houve queda de 4,4% frente ao trimestre imediatamente anterior (6,491 bilhões), mas crescimento de 3,3% em relação ao 1º trimestre de 2023 (6,007 bilhões). 

Ovos – Segundo o IBGE, São Paulo segue como maior produtor de ovos do país, com 26,4% do total nacional no 1º trimestre de 2024. A Bahia fica no 12º lugar, com 1,8%. 

A produção baiana de ovos caiu tanto frente ao 4º trimestre quanto em relação ao 1º trimestre de 2023. “A produção baiana de ovos de galinha no 1º trimestre de 2024 foi de 19,673 milhões de dúzias. O resultado ficou 4,0% abaixo do trimestre imediatamente anterior (20,483 milhões de dúzias) e foi 6,2% inferior ao recorde histórico registrado no 1º trimestre de 2023 (20,970 milhões de dúzias)”. 

No Brasil, a produção de ovos de galinha foi de 1,099 bilhão de dúzias, recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 1987. (HV) 

 

TRBN