Ter um automóvel exige uma boa análise financeira: colocar todos os prós e contras na ponta do lápis pela população brasileira na hora de realizar a compra de um carro próprio, mas também pelas empresas. Valores pouco populares, impostos, seguro e a oscilação da gasolina, são alguns dos fatores que têm feito o mercado de locação de veículos aumentar e se visibilizar como uma área promissora para investimentos.
Segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), o aluguel de veículos está ganhando espaço em todos os setores e tem potencial para crescer: no Brasil, aproximadamente 20% das empresas privadas têm frotas terceirizadas, acompanhando uma tendência mundial.
O serviço, conforme a Associação, garante que toda a frota de veículos seja administrada por uma empresa especializada, o que traz mais economia financeira e de força de trabalho. E, no futuro, economia também com combustível à medida em que ocorrem as mudanças da frota brasileira, com a eletrificação dos veículos.
Na Bahia, a vinda da BYD é um chamariz para o investimento no setor. A perspectiva de iniciara operação no início de 2025, com capacidade estimada de 150 mil veículos por ano na primeira fase da implantação, faz com que empresas já comecem a fazer prospecções. A BYD irá produzir carros elétricos e híbridos, caminhões elétricos e chassis de ônibus, além de processar lítio e ferro fosfato.
Os dados do Anuário 2023 Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, realizado pela ABLA, apontam que dos 13.032 veículos que compõem a frota das locadoras na Bahia, 30% das locações são para turismo de lazer, 30% para turismo de negócios e 55% para terceirização.
Conforme o Anuário, as empresas de aluguel de carros compraram, ao longo do ano passado, o total de 590.520 automóveis e veículos comerciais leves, que representaram um crescimento de 33,6% em relação às compras feitas pelo setor em 2021. O investimento em frota chegou a R$ 55,2 bilhões, conforme o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos lançado dia 23/03.
Segundo os dados da pesquisa, de 2021 para 2022 o número de novos veículos emplacados cresceu mais de 60%, passando de 2.668 para 4017. Isso após uma queda considerável, quando em 2019 este número foi de 4.371 e em 2020 apenas 2.610.
O setor também gerou empregos para a Bahia. Em 2018 foram 6.372 empregos diretos gerados pelo setor, enquanto ano passado foram 9.928.
O Anuário aponta que os números de locadoras também cresceram no estado. Em 2018 tinham 726 empresas de locação e ano passado este número cresceu para 1.210.
A funcionária de uma locadora de carros, Joana Rodrigues, conta que a maioria dos clientes que aparecem na loja são turistas ou pessoas que chegam à capital baiana a negócios. “A maioria é gente que vem a negócios, para grandes eventos, passar dois três dias no máximo. E tem muito turista, mas aqui a gente loca mais para instituições. Públicas e privadas”, conta ela.
“Temos secretarias inclusive, tanto estaduais como municipais”, acrescenta. E de fato o que a gerente afirma bate com os números do Anuário ABLA.
TRBN
