Duas semanas após um recesso parlamentar, a CPI da Covid no Senado retoma os trabalhos nesta terça-feira (3) e vai ouvir o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador de uma entidade privada chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah).
O depoente é uma peça-chave para mostrar como o governo brasileiro negociou a aquisição de imunizantes por meio de intermediários. No caso de Amilton Gomes, ele negociava a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca.
A oferta se dava em meio à uma escassez mundial de vacinas e mesmo após a própria farmacêutica ter informado que a venda do imunizante se daria apenas por meio de contratos diretos, sem intermediários.
A Senah é uma organização evangélica fundada em 1999, com sede em Águas Claras (DF), região próxima a Brasília. Após a fundação, a entidade desenvolveu projetos de ação sociocultural no Distrito Federal e em cidades do entorno.
Com esse histórico – e de maneira ainda inexplicada –, a Senah ganhou autonomia do governo para negociar a aquisição de vacina