Apesar de indicação ter sido retirada pelo governo na semana passada, nome de Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho foi aprovado pelo Senado
Após idas e vindas na indicação de Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o nomeou para o cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira (12).
Paulo Rebello Filho foi indicado para o comando da agência em dezembro de 2020. Na semana passada, o presidente Bolsonaro enviou mensagem ao Senado pedindo a retirada da indicação, mas acabou desistindo e a indicação foi aprovada pelos senadores.
Atualmente, Rebello ocupa o cargo de diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS. Ele foi chefe de gabinete do deputado Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara, quando Barros foi ministro da Saúde do governo de Michel Temer (MDB).
O nome Barros está implicado em suspeitas de irregularidades no contrato do governo federal para a compra da vacina Covaxin. A retirada do nome de Rebello ocorreu em meio às denúncias que recaem sobre o deputado.
O nome de Rebello foi aprovado pelo plenário na última quinta-feira (8/7) por 43 votos favoráveis, 10 votos contrários e uma abstenção. Na votação, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), informou que Bolsonaro havia enviado mensagem ao Senado pedindo a retirada da indicação, mas desistiu da retirada. O indicado já tinha passado por sabatina na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) saudou o recuo do presidente da República. “É essa relação que o Senado busca com o presidente da República, reconhecendo a independência, a harmonia entre os Poderes, mas reconhecendo a legitimidade desta Casa de sabatinar os indicados dentro de uma conciliação, e aprovar ou rejeitar. É importante esse gesto que foi feito hoje reconhecendo que esta Casa já estava debruçada sobre essa mensagem há muitos meses.”